sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Cap 3


Eram quase 10:00 h, quando ouço um barulho ensurdecedor que imediatamente me acorda. Meu celular. Fico desesperada pois já sabia quem era. Então, tentando parecer o mais normal o possível, atendo:

-Alo?
-Alo, Kristy? É o Bill, tudo bem?
-Oh, olá Bill. Eu pensei que o Tom iria ligar...
-Bem, eu também pensei, mas ele não ligou, então, eu liguei.
-Que bom que você ligou, eu tinha mesmo que acordar cedo hoje –digo com ironia.
-Me desculpe. Mas eu liguei pra perguntar se você não gostaria de ver o ensaio da banda hoje. Sabe, vai ser aqui em casa as 2:00 h da tarde, mais pode ser que dure até de noite.—Minha nossa, acho que essa última parte eu devo ter criado, não é possível!
-Claro que sim, estarei aí na hora combinada. Qual o endereço? – pego um papel e uma caneta e anoto o endereço que Bill me passa.
-Até lá então. Beijos.
-Beijos, Bill.

Corri até a cozinha e fui informar aos garotos sobre o ocorrido.

-Posso, por favor?
-Por mim tudo bem –dizem Matheus e Breno
-E nós, não fomos convidados?—Pergunta Guilherme
-Me desculpe, mas eu nem perguntei de tão feliz que estava.
-Ora, mas você vai se encontrar com eles SOZINHA?
-Deixa ela ir, --disse Breno –Mande um olá pra eles por nós ok?
-Claro!

E pelo resto do dia não voltamos a falar sobre esse assunto.
Lá por volta de meio dia e meio, começo a me arrumar, e visto a roupa mais linda que tenho. Ponho um perfume, me maqueio, e pego minha bolsa. Passo pela sala, e os garotos até então distraídos, assobiam para implicarem comigo, menos Guilherme, que estava com uma cara meio séria. Me dispeço e saio pela porta praticamente que correndo.

Enquanto estava a caminho do local penso no porque de Bill me ligar, ao invés de Tom, e tenho que admitir de mesmo ficando um pouco desapontada, achei que no fundo era melhor.

Chego lá e percebo que eles estavam me esperando na porta do edifício. Olho no relógio, mas vejo que não estou atrasada. Será que queriam me dizer algo de importante? Me apresso até eles e os cumprimento.

Entro no apartamento, e nossa, que apartamento! Não era dos mais organizados ( o que você esperava de um apartamento onde moram 4 garotos juntos?), mas era lindo: tinha bom revestimento, móveis lindos e de boa qualidade, e uma varanda com uma vista maravilhosa, dava para ver quase toda a cidade.

-Então, vamos começar? –pergunta Bill, retirando-me de meus devaneios.
-Sim!—respondemos todos ao mesmo tempo.

Eles tocaram as músicas de seu novo álbum, humanoid, pois estavam ensaiando para o show em que elas “estreariam”, e depois tocaram outras que iriram juntas no show, como Durch den Monsun, Rette Mich e Sex.

Quando essa última acabou de tocar, já deviam ser umas 6:00 da tarde, e os garotos fizeram uma pausa, pois estavam com fome. Quando me ofereceram um lanche, percebi que estava faminta, então aceitei. Mas quando terminei meu lanchinho, uma coisa chamou minha atenção.

Bill, até agora sentado e a se divertir muito, se levanta, caminha até perto de mim, e praticamente cochicha em meu ouvido:

-Vem comigo? Eu preciso falar com você... – diz ele, de maneira quase que sedutora. Eu queria dizer “não, tenho que ir embora” ou essas coisas do tipo, quando você sabe que alguém está a lhe falar algo importante. Mas meu coração me empurrou para que eu fosse junto dele, e eu não podia resistir aquele pedido tão tentador e que fazia todos os pelos do meu corpo se eriçarem.

Pelo rosto dos outros integrantes da banda, eu presumi que eles já sabiam do que se tratava, mas preferi ficar calada do que perguntar.

Fui seguindo Bill até um aposento, seu quarto, e quando nós dois entramos, ele trancou a porta e se sentou em uma das camas. Quando eu fiquei ali parada com cara de idiota, ele bateu sua mão na cama, como um convite para que eu me sentasse ao seu lado. Senti meu corpo congelar e minhas mãos suarem frio.

Fui caminhando até ele e me sentei no local onde, havia um segundo, ele me indicou. Quando me sentei, ele calou-se por um segundo, mas antes que chegassem a dois, ele começou:

-Sabe, Kristy, desde ontem, quando te vi pela primeira vez, sabia que você não era uma garota qualquer. Bem, você é uma cantora, mas não foi isso que eu quis dizer. Você deve ter percebido que ontem, durante a festa, eu te olhava de uma maneira diferente, certo? E também deve ter reparado que o Tom também né? Mas esqueça isso, é só porque ele está me ajudando. A verdade é que desde que te vi você mexeu comigo, você é uma garota linda e me tirou do sério. Quando veio falar conosco, nem acreditei. E quando começamos a conversar, vi que você era simpática, alegre, engraçada, tímida, e sua personalidade me deixou ainda mais com vontade de te querer. Você é tão doce e viva, me apeguei muito a você, em tão pouco tempo. Desculpe se te dei esperanças com o Tom, mas eu estou realmente apaixonado por você.
-Eu acho...que não entendi.
-Eu sei que você entendeu perfeitamente...

E dizendo isso ele foi se aproximando de mim, e em um certo ponto, me empresou entre ele e a cabeceira da cama. Eu já conseguia sentir o hálito doce que vinha de sua boca, a sua respiração acelerada que batia em meu rosto como uma leve brisa aconchegante, e de tão próximos que estávamos, eu podia sentir seu coração batendo acelerado junto ao meu. Minha mente dizia que não, mas meu coração gritava sim, e a minha boca pedia para sentir a sua, assim como meu corpo queria sentir o calor do seu. Então, ele se aproximou ainda mais, e minha respiração quase parou, quando ele, de maneira muito sedutora, me mostrou seu piercing na língua. Ele sorriu, meio maliciosamente, e poucos segundos depois, senti sua boca quente colada na minha. Ah, seus lábios eram tão macios e gostosos! Uma sensação incrível me inundiu, e eu estava transbordando alegria. De repente, sua língua começa a abrir espaço entre nossos lábios colados, então completamos a boca um do outro com nossas línguas, explorando o novo ambiente. Ele parecia estar gostando daquilo tanto quanto eu, e me surpreendi com isso.

Foi quando ele me pegou de surpresa: com as mãos nos botões de minha blusa, ele começou a desabotoá-la lentamente, e eu não conseguia ter outra reação, a não ser o beijá-lo ainda mais intensamente. Mas foi quando ele começou a subir as mãos pelas costas para tentar remover meu sutiã, que eu o impedi, eu nunca havia ido tão longe, eu ainda era uma garota, e não uma mulher. Eu não estava preparada.

Como quem entendesse o que eu estava pensando, ele parou quase que bruscamente, automaticamente. E então, falou:

-Me desculpe, eu não queria ter ido tão longe, eu acho que perdi o controle...—fez ele, com o rosto avermelhado, e olhando para baixo.
-Eu sei, e não o culpo. Eu estava gostando muito, mas não estava pronta.
-Então...o que você sente por mim?
-Me desculpe, mas acho que estou perdidamente apaixonada por você.
-Não se desculpe. Eu te amo.
-Eu também. – eu disse, e meus olhos já transbordavam de tanta felicidade. Era uma alegria enorme, que não queria se conter em meu peito.

Ele então começou a me beijar novamente, mas de uma maneira totalmente doce e suave, e depois de alguns segundos ele parou de me beijar e me abraçou. E em meu ouvido, sussurrou baixinho:

-Você me deixa totalmente louco e fora de mim. Não vai ser culpa minha se eu te pedir em namoro. Você aceita?
-Sim.—sussurro também em seu ouvido.

Vesti minha camisa novamente e voltamos para a sala onde todos davam baixas risadas. Bill lhes contou apenas que agora estávamos namorando, e eles ficaram satisfeitos.

Então todos ficamos o resto da tarde falando sobre tudo o que gostávamos, e quando chegou na vez de Bill ele apenas falou:
-Eu gosto de você!—e veio ao meu encontro para me dar um beijo muito suave.


Espero que estejam gostando até agora, e por favor, comentem *-*

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